sexta-feira, 24 de maio de 2013

Santos 4x2 Grêmio - Brasileiro 2012

Grêmio é derrotado na vila

Com gols de Edu Dracena, Neymar e Felipe Anderson (2), o Santos conquistou sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro. O Grêmio, com 12 pontos, caiu uma posição e agora é o 8º.
Os dois times voltam a campo no próximo domingo, o Grêmio enfrenta o Cruzeiro, fora de casa.
O Grêmio dominou os minutos iniciais sem assustar o goleiro Rafael.
A partir dos 20 minutos, o time da casa melhorou e mesmo sem dar espetáculo marcou três vezes em 18 minutos. No entanto, apenas dois gols foram validados.
No primeiro, Neymar recebeu passe de Victor Andrade e adiantado balançou a rede de Marcelo Grohe. O assistente, bem posicionado, marcou impedimento do camisa 11 santista.  
Sete minutos depois, Felipe Anderson cobrou escanteio, Neymar escorou e Edu Dracena de carrinho abriu o placar na Vila. O segundo não demorou a acontecer  e, aos 38, Felipe Anderson marcou um golaço após receber passe de Juan, girar sobre a marcação e mandar uma bomba indefensável no ângulo esquerdo de Grohe.
O Grêmio pouco fez para reagir e a única chance clara de gol aconteceu em uma falha de Rafael, que saiu esquisito em um chute do volante Fernando. A má atuação fez Vanderlei Luxemburgo mudar o time e para o segundo tempo saíram Marco Antônio e Tony e entraram Marcelo Moreno e Gabriel.
Assim como na primeira etapa, os gaúchos foram melhores e quase marcaram após cobrança de escanteio. O volante Adriano desviou e só não fez contra porque Felipe Anderson tirou em cima da linha.
A melhora gremista não foi o suficiente e, antes dos 20 minutos, o Santos marcou o terceiro e praticamente matou a partida. Em outra cobrança de escanteio de Felipe Anderson, a bola foi desviada por Vilson e sobrou na cabeça de Neymar, que só escorou.
Entregue, o Grêmio ainda levou o quarto em um lance de azar. Felipe Anderson novamente cobrou falta e Marcelo Moreno deu um leve toque, o suficiente para tirar das mãos de Grohe.
O Grêmio ainda descontou com Vilson, que durante toda a partida sofreu com Neymar, e Marquinhos em belo chute. Mas foi só. O Santos sai da degola, mas terá que aprender a jogar sem seu principal jogador.

segunda-feira, 2 de julho de 2012


Grêmio perde para o Atlético-MG no Olímpico

Bernard, do Atlético-MG aplica chapéu duplo em gol marcado
por Jô e ofusca o vaiado Ronaldinho e o estreante Zé Roberto


Enquanto o Grêmio ficou no meio do caminho entre o passado e o futuro, o Atlético-MG se decidiu pela segunda opção. Alheio às vaias da torcida ao eterno desafeto Ronaldinho e à expectativa pela estreia de Zé Roberto e promoção do goleiro Marcelo Grohe, o time de Cuca apostou no talento de Bernard, 1m62cm e apenas 19 anos. Saiu de seus pés a jogada decisiva da partida - chapéu duplo na zaga que resultou no gol de Jô. O 1 a 0 na noite deste domingo dá aos mineiros a liderança do Brasileirão, com 16 pontos, batendo o Vasco no saldo de gols.
A derrota em casa custa caro ao Grêmio, que deixa a zona de classificação à Libertadores e se aloja na quinta colocação, com 12 pontos. Foi o primeiro revés do time de Vanderlei Luxemburgo no Olímpico neste Brasileirão, em quatro partidas. Até então, sequer havia sofrido gols em Porto Alegre.
- Sempre é bom vencer aqui. Da outra vez (pelo Flamengo), perdi. Agora ganhei. Centro das atenções mesmo antes de a bola rolar, Ronaldinho seguiu alvo dos repórteres ao fim do jogo. Antes, porém, foi saudado por todos os companheiros no centro do campo. Parecia conquista de título. Poderia soar como provocação aos gremistas, o que ficou ainda mais evidenciado quando Ronaldinho fez menção em ir em direção ao vestiário do clube gaúcho. Depois, deu meia volta, recebeu mais uma onda de vaias e xingamentos. 
Ao Grêmio, coube reclamar da arbitragem de Paulo Cesar de Oliveira, que foi cercado pelos jogadores após a partida.
- Ele é muito arrogante - atestou o atacante Kleber.
Tanto Grêmio quanto Atlético-MG têm semana livre de treinos, seja para juntar os cacos da derrota ou saborear a nova liderança. O clube gaúcho enfrenta, no próximo domingo, às 16h, o Santos, na Vila Belmiro. Nos mesmos dia e horário, o Galo defende o topo da tabela contra a Portuguesa, no Independência.
Ferida nem perto de fechar
A torcida apenas blefou. Adotou uma tática passivo-agressiva e não hostilizou Ronaldinho nos arredores do Olímpico, com gritos, faixas e cartazes, como fizera aos montes no último 30 de outubro, quando o Grêmio derrotou o Flamengo por 4 a 2. Optou por fazê-lo apenas no campo. Assim que pisou na grama em que nasceu para o futebol, às 18h26m, foi soterrado de vaias. Não havia um, dentre os 34.550 gremistas, que se furtara de apupá-lo na provável última vez do jogador no estádio, que será entregue a construtora OAS em março, devido à parceria na construção da Arena.
ronaldinho gaucho atlético-mg kleber grÊmio (Foto: Vinícius Costa / Agência Estado)Ronaldinho não foi poupado das vaias no Olímpico
O arsenal azul não se baseava apenas na voz. Primeiro, a torcida tentou emplacar uma grande faixa na arquibancada inferior. Como os dizeres eram ofensivos à mãe do jogador, Miguelina, a Brigada Militar a retirou de pronto. A cada escanteio que Ronaldinho ia cobrar, brotavam as famosas faixas brancas com a inscrição “pilantra”.
No entanto, o camisa 49 estava pouco criativo. Foi tocar pela primeira vez na bola apenas aos 11 minutos. Tudo bem para o Grêmio? Nem tanto. A equipe de Vanderlei Luxemburgo, que tinha a estreia de Zé Roberto como a principal atração, até começou melhor, com mais volume. Mas fustigava pouco o gol de Giovanni. O novo camisa 10 fazia jus às suas funções. Dos pés de Zé, saíram as bolas mais redondas e conscientes no ataque tricolor.
Bernard "encarna" fase áurea de R49
Zé estava bem, mas não foi genial. Tampouco essa honra sobrou para seu colega na Copa de 2006. Coube a Bernard, com seus 1m62m, ofuscar as principais atrações. Na antiga casa de R49, o baixinho viveu seus segundos de craque. Com dois chapéusconsecutivos, lembrou Ronaldinho em seus áureos tempos. Aquele garoto leve que, em 1999, havia feito mesmo drible e no mesmo estádio, sobre Dunga no Gre-Nal decisivo do Gauchão. Ou ainda o mirrado reserva da Seleção, que entrou no segundo tempo para desmembrar a defesa da Venezuela na Copa América, sob o comando de Luxa.

Agora, a vítima foi a zaga do Grêmio deste mesmo Luxa. Com a diferença que Bernard não finalizou. Criticado pela torcida do Galo por pecar nesse fundamento, o meia ofereceu a bola a Jô. O ex-colorado completou, de primeira. Em sua primeira partida como titular após o adeus de Victor, Marcelo Grohe precisou buscar a bola na rede já aos 25 minutos da etapa inicial – o primeiro gol sofrido pelo Grêmio no Olímpico neste Brasileirão.
Zé Roberto estreou contra o Atlético-MG
O iminente revés em casa, diante do maior público do Olímpico neste Brasileiro, pouco mudou a atuação do Grêmio. O time assustou apenas duas vezes em finalizações aéreas de Marcelo Moreno. Ambas pararam em Giovanni. O lance de destaque demorou. Aos 42 minutos, Kleber também se reservou o direito de ter lampejos, passou por três atleticanos na área e cruzou para trás. Zé Roberto completou, mas o pé de Leonardo Silva impediu o empate.
Bernard pode ter sido genial, mas Ronaldinho é Ronaldinho. De longe, foi o jogador mais assediado pelos repórteres. Blindado por dezenas de microfones, recebeu a seguinte pergunta, encharcada de ironia, na saída para o vestiário:
- E esse carinho?
- Carinho? Só você está vendo carinho aqui - respondeu, com seu sorriso de praxe.
Grêmio implode volantes, mas não dá certo
Para o segundo tempo, Luxemburgo sacou Edilson e Léo Gago para as entradas de Tony e Rondinelly. A etapa final surgiu promissora. Aos cinco minutos, Zé Roberto arriscou de fora da área, com perigo. Kleber, aos dez, invadiu a área e finalizou nas pernas de Giovanni.
Mas o Grêmio pouco evoluiu a partir de então. E o Atlético-MG seguiu assustando. Ronaldinho cobrou falta com veneno, mas Marcelo Grohe conseguiu evitar o 2 a 0. Aos 22, num contragolpe puxado pelo camisa 49, Jô ficou cara a cara com Grohe. O goleiro novamente defendeu, agora com os pés, e teve seu nome entoado nas arquibancadas.
Nervosa, a torcida cobrava dos jogadores do Grêmio até casos de fair play. Tanto que, pouco antes da chance de ouro despediçada por Jô, ela fez pressão para que o time não colocasse a bola para fora. O zagueiro Leonardo Silva acabou levantando, dispensando o atendimento médico.
Pico é expulso em seu retorno
Aos 29 minutos, Luxemburgo se lançou completamente ao ataque. Tirou Fernando, que levou seu quinto cartão amarelo em seis jogos, e pôs em campo André Lima. Assim, o Grêmio ficou com apenas um volante (Souza), dois meias (Zé Roberto e Rondinelly) e três atacantes (além de André Lima, Kleber e Moreno).
Não faltou disposição e sobrou até destempero emocional. Mesmo sem ter levado amarelo, o reestreante Anderson Pico, oriundo da base e com contrato renovado, foi expulso aos 37 minutos por atingir o adversário no rosto.
O tempo passou e confirmou que a inspiração no Olímpico estava toda depositada em apenas um jogador. E foi congelada aos 25 minutos do primeiro. Esqueçam o "novato" Zé Roberto ou o odiado Ronaldinho. O duplo chapéu de Bernard é a melhor lembrança da noite que passado e futuro disputaram a atenção. Melhor para o segundo.

sábado, 30 de junho de 2012

Grêmio 2x0 Flamengo


Grêmio mostra força e faz Flamengo perder a primeira: 2 a 0 no Olímpico

Tricolor reage bem à eliminação na Copa do Brasil e sobe na tabela com gols de Marcelo Moreno e Werley em Porto Alegre


Foi um choque de realidade a vitória de 2 a 0 do Grêmio sobre o Flamengo, neste domingo, no Olímpico. Para o bem e para o mal. No caso tricolor, para o bem, com a prova de que a eliminação na Copa do Brasil não foi o fim do mundo, com a garantia de que o Campeonato Brasileiro pode ser o melhor analgésico possível para as dores do meio de semana. Já no caso rubro-negro, foi um choque para o mal, com o aviso de que a invencibilidade no nacional apenas eclipsava as falhas da equipe, com o sinal de que as duas vitórias seguidas não eram sinônimo de solução para tantos e tantos problemas apresentados na temporada. Não é exagero: os visitantes correram risco de goleada em Porto Alegre.
Os gols de Marcelo Moreno e Werley reabilitaram o Grêmio, colocando-o provisoriamente na quarta colocação do Brasileiro, com 12 pontos. O Flamengo, em sua última passagem pelo Olímpico, que deixará de ser a casa gremista no final do ano, soma nove, em nono lugar.
A torcida gremista, que compareceu em bom número (18.601 presentes) apesar da eliminação na Copa do Brasil (com o empate por 1 a 1 com o Palmeiras), recebeu elogios do atacante Kleber.
O goleiro Paulo Victor, que vem levando a melhor com Felipe no duelo pela vaga de titular no Flamengo, teve boa atuação, com quatro defesas difíceis. Ele lamentou não ter evitado a derrota.- O torcedor está de parabéns. É difícil você ver torcida como a do Grêmio. Mesmo depois da derrota (na verdade, da eliminação), compareceu em bom número e fez o papel dela. Nosso time jogou conforme a torcida gostaria - disse. - Eu me movimentei muito, fiz bons lances, mas infelizmente o gol não saiu. Mas a gente precisa pensar na vitória, principalmente jogando em casa.
- Sei que preciso estar atento a todas as bolas. Tentei o máximo que pude, mas às vezes não é possível. Nosso time correu muito e lutou, mas infelizmente saiu derrotado.
As duas equipes voltam a campo no domingo. Os gaúchos, às 18h30m, recebem o Atlético-MG; e os cariocas, no mesmo horário, pegam o Atlético-GO no Engenhão.
Marcelo Moreno marca contra o Flamengo (Foto: Lucas Uebel / Grêmio, DVG)Marcelo Moreno comemora o seu gol no Olímpico (Foto: Lucas Uebel / Grêmio, DVG)
O mais demorado dos gols
Eram 32 minutos do primeiro tempo quando Marcelo Moreno resolveu fazer aquele que pareceu ser o mais demorado dos gols. Os gremistas bem sabem: aqueles dois ou três segundos em que o atacante se enrolou com Paulo Victor e ficou cercado por três defensores, com o gol de braços abertos à sua frente, duraram a eternidade. O cabeludo deu a impressão de que não tinha a menor pressa para fazer o gol - de que poderia ficar por ali, brincando com a bola, até o limite da paciência. Mas ele fez o gol. Demorado ou não, fez o gol.
E fez um gol justo. No primeiro tempo, o Grêmio teve mais volume (55% contra 45%), buscou mais o ataque (seis finalizações, contra quatro dos cariocas), embora jamais tenha amassado o adversário. A jogada que colocou os tricolores na frente começou com Souza, pela direita. Foi ele quem acionou Kleber. O Gladiador, cercado por Marllon e Airton, tocou a bola entre as pernas do volante. Marcelo Moreno deixou Wellington Silva no chão com um corte. Poderia ter chutado, mas tentou driblar Paulo Victor, que chegou a tocar na bola, mas não ficou com ela. Por fim, cercado por três marcadores, o atacante mandou de canhota.
O Grêmio, apesar de contar com três jogadores de marcação no meio (Fernando, Souza e Léo Gago), conseguiu ser envolvente. Kleber circulou bastante: recuou, caiu pelos lados, atrapalhou a marcação. Um dos volantes, como se eles fizessem um rodízio, sempre chegava com maior força ao ataque. Um pouco por causa disso, a equipe comandada por Luxemburgo beliscou o travessão rubro-negro duas vezes - uma com Marcelo Moreno, após falha de Marllon, outra com Kleber, em chute colocado.
O Flamengo ameaçou mais de longe do que de perto. Renato mandou duas pancadas perigosas em cobranças de falta. Fora isso, restou um chute fraco de Vagner Love, em um raro momento de espaço no meio da zaga gremista.

Vitória garantida
Joel Santana resolveu mexer no time, esperançoso por um empate. Colocou Bottinelli no lugar de Wellington Silva. De fato, logo saiu mais um gol na partida. Mas para o Grêmio, que ampliou em escanteio que foi consequência de chute que já poderia ter resultado em gol. Moreno bateu cruzado, e Paulo Victor, com a ponta da unha, conseguiu desviar pela linha de fundo. Na cobrança de Edílson, Werley desviou na primeira trave. Fuzilou de cabeça: 2 a 0.
O Tricolor tinha a vitória em mãos. O Flamengo precisou se jogar ao ataque. Luiz Antonio, figura mais sóbria do meio-campo rubro-negro, mandou chute forte, e Victor espalmou. Hernane, dentro da área, resolveu mostrar que estava em campo e mandou no cantinho. O goleiro do Grêmio voltou a salvar.
O panorama da partida se manteve. Por mais que a necessidade fosse maior para o Flamengo, era o Grêmio que se mostrava perto do gol. Kleber perdeu um claro. Frente a frente com Paulo Victor, bateu mal na bola. Marcelo Moreno, pela esquerda, também parou no goleiro.
Joel tentou suas últimas cartadas. Colocou primeiro Negueba e depois Mattheus, filho de Bebeto. Mas não adiantou. Era uma tarde de vitória gremista.

Palmeiras 1x1 Grêmio - Copa do Brasil 2012


Grêmio é eliminado pelo Palmeiras

Após duas semanas sem jogar, Mago começa no banco, entra, chama a 'responsa', empata o jogo e elimina o Grêmio


Bem ao estilo da histórica rivalidade entre Palmeiras e Grêmio, o Verdão conseguiu superar o Tricolor gaúcho e, com um empate por 1 a 1 na noite desta quinta-feira, em Barueri, se garantiu na decisão da Copa do Brasil. Com ampla vantagem na disputa devido ao bom resultado conquistado em Porto Alegre - vitória por 2 a 0 - o time comandado pelo técnico Luiz Felipe Scolari suportou a pressão dos visitantes, que abriram o marcador com Fernando, no segundo tempo.
Apesar do bom volume de jogo gremista, o Palmeiras se manteve vivo na competição com um belo gol de Valdivia. Na comemoração, o camisa 10, que recentemente viveu drama pessoal após ser vítima de um seqüestro-relâmpago em São Paulo, comemorou bastante, tirou a camisa e correu para abraçar Felipão no banco de reservas.
Pelo Campeonato Brasileiro, as duas equipes voltam a campo no próximo domingo. O Grêmio recebe o Flamengo, no estádio Olímpico. Depois do empate, o Tricolor gaúcho perdeu a cabeça e também o lateral-direito Edilson e o meia Rondinelly, expulsos. Após confusão, o zagueiro Henrique também recebeu o cartão vermelho e será desfalque na primeira decisão.
Palmeiras x Grêmio (Foto: Marcos Ribolli  / Globoesporte.com)João Victor corta cruzamento e afasta perigo da área do Verdão 
Chuva, divididas e nervosismo em Barueri
O trânsito que atrapalhou a vida do paulistano no início da noite desta quinta-feira prejudicou a chegada da torcida à Arena Barueri. A carga total de ingressos estava esgotada desde segunda-feira, mas, no começo do jogo, havia muitos espaços nas arquibancadas. Quem se atrasou não entendeu quando não viu Marcos Assunção entre os titulares – vetado nos vestiários por causa de dores no joelho – e perdeu também momentos de tensão no início do duelo.
Bem ao clima das marcantes decisões da década de 1990 envolvendo Palmeiras, Grêmio, Luiz Felipe Scolari e Vanderlei Luxemburgo, a partida começou com os ânimos exaltados. Logo aos cinco minutos, o argentino Hernán Barcos ficou no gramado reclamando de dores nas costas, depois de jogada com dois defensores do Tricolor gaúcho. Revoltado com a postura do palmeirense, Werley foi tirar satisfação e acabou iniciando confusão. Depois de alguns empurrões entre o zagueiro gremista e Daniel Carvalho, e muita discussão, o árbitro Ricardo Marques Ribeiro mostrou cartão amarelo para ambos.
Palmeiras x Grêmio, Kleber (Foto: Marcos Ribolli  / Globoesporte.com)Kleber reencontrou a torcida do Verdão em Barueri
Quatro minutos mais tarde, após dividida entre Artur e Pará, na direita do ataque alviverde, os dois atletas se encararam e trocaram xingamentos. Enquanto isso, nas arquibancadas, comemoração mais animada a cada falta recebida por Kleber ou a cada desarme com sucesso da marcação alviverde.
Com a bola rolando, o Palmeiras, mesmo jogando com a vantagem de poder perder por até um gol de diferença, se mostrou mais perigoso nos primeiros minutos e teve duas boas chances de abrir o marcador.
Logo aos dois minutos, Mazinho fez boa jogada individual pela direita e cruzou na medida para Daniel Carvalho, que de carrinho não conseguiu completar para o gol. Aos 17, a melhor chance do primeiro tempo. Maurício Ramos apareceu nas costas da defesa tricolor e completou de cabeça ótimo cruzamento de João Victor, obrigando Victor a fazer ótima defesa com os pés.
O Grêmio só acordou depois dos 27 minutos, quando Souza assustou Bruno com um chute de longa distância. Aos 34, Pará recebeu na esquerda e achou Marco Antônio livre, na entrada da grande área. O meia bateu de primeira, rasteiro, para difícil defesa de Bruno.
Com o Palmeiras acuado e sem conseguir fazer a bola parar no campo de ataque, o Tricolor gaúcho cresceu na partida e pressionou nos minutos finais. Na melhor chance, Kleber aproveitou bobeira de Maurício Ramos, dominou na grande área, mas acabou travado por Artur na momento do arremate.
Palmeiras x Grêmio, Marcelo Moreno (Foto: Marcos Ribolli  / Globoesporte.com)Marcelo Moreno tenta passar pela marcação palmeirense 
Valdivia sai do banco para definir classificação alviverde
Precisando de gols para levar, pelo menos, a decisão para a cobrança de pênaltis, o Grêmio manteve o espírito do fim da primeira etapa e voltou para o segundo tempo tentando pressionar o Verdão. Com o meia Rondinelly no lugar do volante Souza, Luxemburgo apostou no volume de jogo de seu meio-campo para encurralar o Palmeiras em sua defesa.
O único problema foi a chuva, que voltou a cair em Barueri, fato que prejudicou o gramado e o toque de bola das duas equipes. Com pouco espaço por baixo, o Tricolor gaúcho passou apostar nas jogadas aéreas, principalmente depois da entrada de André Lima no lugar de Marco Antônio.
Com pouco futebol, a solução encontrada pelas duas equipes foi apostar na vontade. Enquanto o Grêmio tentava pelo alto, o Verdão se posicionou com eficiência na defesa e passou a explorar os contra-ataques e o nervosismo do adversário. Para tentar diminuir a pressão dos visitantes, e tentar fazer a bola sair do campo de defesa, o técnico Luiz Felipe Scolari apostou na entrada do chileno Valdivia no lugar de Daniel Carvalho.
A aposta de Vanderlei Luxemburgo deu certo aos 21 minutos. Edilson cobrou falta da esquerda com perigo, Bruno bateu roupa e soltou nos pés de Fernando, que só teve o trabalho de empurrar para o fundo da rede e aumentar ainda mais tensão da partida: 1 a 0 para o Grêmio.
Com o Tricolor gaúcho cada vez mais se lançando ao ataque, o torcedor do Palmeiras só conseguiu respirar aliviado aos 28 minutos. Valdivia puxou contra-ataque pela esquerda, deu bom drible no marcador e passou para Juninho. O lateral do Verdão devolveu para o chileno, que dentro da grande área tocou de primeira, com categoria, sem dar chance para Victor.
Nervoso, o Grêmio perdeu a cabeça e a classificação aos 34 minutos. Hernán Barcos puxou ótimo contra-ataque e só foi parado por Rondinelly, que deu um carrinho por trás no palmeirense e acabou expulso pelo árbitro. Na sequência do lance, Edilson deu um soco no rosto do zagueiro Henrique e também recebeu o cartão vermelho. Depois de seis minutos de paralisação, e muita conversa entre o trio de arbitragem, Ricardo Marques Ribeiro resolveu também dar cartão vermelho para o palmeirense antes de reiniciar a partida.
Logo na primeira jogada, Valdivia cobrou falta com categoria e acertou a trave. Mas, com ótima vantagem e um a mais em campo, a vaga ficou mesmo com o Palmeiras.
Sem Grêmio ou São Paulo na disputa, o título da competição já está nas mãos de um Verdão. Resta agora saber se o vencedor será o paulista ou o paranaense.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Náutico 1x0 Grêmio - Brasileirão 2012

Grêmio perde nos Aflitos

Com titulares, Tricolor testa esquema para 'decisão' na Copa do Brasil,
e Timbu, com um a mais em campo, acaba premiado pela insistência



De um lado, o Grêmio fazendo ajustes no time para o jogo de ida pelas semifinais da Copa do Brasil. Do outro, o Náutico tentando se afastar da zona de rebaixamento. Em campo, dois times apresentando futebol abaixo da média, com muitos erros e raras chances de gol. E o insosso empate sem gols no estádio dos Aflitos, na noite deste domingo, só não persistiu graças ao zagueiro Ronaldo Alves, que nos acréscimos decretou a vitória do Timbu por 1 a 0, no fechamento da quinta rodada do Brasileirão.
Com o resultado o Tricolor, por sua vez, estacionou nos nove pontos, perdeu a chance de assumir a vice-liderança e ainda perdeu o lugar no G-4 para o Botafogo.
- O Grêmio recuou bastante na metade do segundo tempo, com o intuito de empatar. Os times vêm para cá jogar fechados, mas não desistimos e vencemos - disse Breitner, do Náutico.
No Grêmio, a promessa é que a derrota não vai abalar o time para a semifinal da Copa do Brasil.
- Não vai ter nenhum prejuízo. É outra competição. A equipe não perdeu por falta de foco. Todo mundo se aplicou bem - garantiu o tricolor Gilberto Silva.
O Grêmio volta a campo na próxima quinta-feira, quando enfrenta o Palmeiras, às 21h (de Brasília), na Arena Barueri, na luta por uma vaga na final da Copa do Brasil. Com a derrota por 2 a 0 no estádio Olímpico, o time de Vanderlei Luxemburgo precisa vencer por três ou mais gols de diferença para ir à decisão - placar de 2 a 0 para os gaúchos leva a disputa para os pênaltis.
Muita disputa, pouco futebol
Um primeiro tempo de muita transpiração e pouca inspiração. As chances de gol se resumiram a chutes de longe, cobranças de falta ou cruzamentos para a área. Nem a surpreendente escalação de Vanderlei Luxemburgo surtiu efeito. Sem o suspenso Fernando e o lesionado Souza, o treinador apostou em Vilson no meio de campo, além de um ataque formado por Kleber, Miralles e Marcelo Moreno.
Série A 2012: Náutico 1x0 Grêmio. Foto: Helder Tavares/Diario de PernambucoEmbalado pela torcida, o Náutico até pressionou nos minutos iniciais. Martinez, aos sete, arriscou da meia-lua, sem sucesso. Ficou nisso. Com o Gladiador um pouco mais recuado, por vezes variando o 4-3-3 para o 4-4-2, o Tricolor parecia nervoso, se preocupando demais com a arbitragem de Manoel Nunes Lopo.
Chances de perigo do Tricolor? Poucas, e só em jogadas de bola parada. Da intermediária, Edilson, opção técnica de Luxemburgo para o lugar de Gabriel, acertou o travessão em cobrança de falta. Marco Antonio quase surpreendeu Felipe num escanteio. Por pouco não fez gol olímpico.
- A bola tranca no gramado. Está difícil – reclamou Kleber no intervalo.
O panorama não mudou na etapa complementar. Com mais disposição, o Grêmio tentou ser ofensivo. Moreno, aos trancos e barrancos, ganhou de dois defensores e chutou na trave de Felipe, aos quatro minutos. Também ficou nisso, e o equilíbrio voltou a imperar. O Náutico respondeu com Araújo, aos 17, mas Gilberto Silva salvou os visitantes.
Com Ramirez e Breitner em campo, Alexandre Gallo melhorou o rendimento do time pernambucano, e o Grêmio passou a ficar encurralado na defesa. Os anfitriões esbarravam na má pontaria. Mas a expulsão acabou sendo decisiva. Aos 34, Douglas Grolli, que já tinha amarelo, fez falta dura em Cleverson e levou o vermelho.
O Timbu e a sua torcida inflamaram, e a insistência acabou sendo premiada, mesmo que as trancos e barrancos nos minutos finais. Aos 46, em um ataque pela esquerda, Ronaldo Alves subiu mais do que Gilberto Silva e Vilson para fazer de cabeça: 1 a 0.